Blog de Música
14 de Novembro de 2005

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Tom Jobim & Newton Mendonça

 

Quando um coração, cansado de sofrer
Encontra um coração, também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor pode de repente chegar

 

Quando existe alguém, que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender
Deixa esse novo amor chegar, mesmo que depois
Seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu, que em vão tentei raciocinar
As coisas do amor, que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor, pode a saudade apagar

 

publicado por Correcaminhos às 13:24
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06 de Novembro de 2005

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OCM QUER SER SINFÓNICA E TORNAR-SE UMA FUNDAÇÃO

A Orquestra Clássica da Madeira deverá também assumir uma faceta de Orquestra Popular

A direcção da Orquestra Clássica da Madeira (OCM) pôs em marcha um projecto do maestro titular Rui Massena, tendo em vista a transformação desta instituição cultural numa Fundação. O objectivo, de acordo com Inês Costa Neves, directora do Conservatório/Escola das Artes e membro da direcção da OCM, é potenciar maiores apoios por parte da sociedade civil, envolvendo o empresariado. A proposta foi apresentada aos sócios da OCM numa Assembleia Geral realizada em Dezembro último. Todavia, o que ainda não foi revelado foi a intenção da OCM dividir-se em duas orquestras: uma Orquestra Sinfónica e uma Orquestra Popular. Inês Costa Neves confirmou ao DIÁRIO que a caminhada rumo à constituição de uma Orquestra Sinfónica é um objectivo a cumprir a prazo, já que, para tal, a OCM teria de reforçar as suas hostes com várias dezenas de elementos. Quanto à Orquestra Popular, teria em vista cativar um público menos interessado na música erudita, mas apreciador de concertos de música mais ligeira. Recorde-se que a OCM tem realizado concertos com nomes como Mário Laginha, Maria João ou Bernardo Sassetti, ou ainda a Ala dos Namorados.

0001020g José Alberto Gonçalves-Direcção OCM

Aparentemente, estas mutações na OCM estão mesmo já a avançar, já que até novos logotipos para uma imagem pública renovada foram já estudados. E os sócios da OCM terão sido confrontados com uma realidade insofismável: ou a associação privada Orquestra Clássica da Madeira se assume como sócio fundador da nova Fundação, ou segue outro caminho, perdendo no entanto para a Fundação os músicos de que actualmente dispõe. A direcção da OCM é neste momento constituída por representantes da própria Orquestra e por elementos do Conservatório/Escola das Artes, entidade dependente da Secretaria Regional da Educação, de onde partem as verbas governamentais atribuídas à OCM ao abrigo de contrato-programa, e que rondam os 100 mil contos/ano. A influência do Governo na instituição é notória e, caso o projecto da Fundação tenha obtido o beneplácito do Executivo madeirense, o caminho será mesmo, inapelavelmente, por aí. Segundo apurámos, é provável que Rui Massena ocupe um cargo na administração da Fundação. Foto e texto na Edição On-line do Diário de Notícias da Madeira

publicado por Correcaminhos às 12:56
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03 de Novembro de 2005

 

Foto e texto na Edição On-line do Diário de Notícias da Madeira Julho 2005

ORQUESTRA CLÁSSICA DA MADEIRA À ESPERA DE SALA PARA CRESCER

Acústica dos espaços é fundamental para a progressão das formações e, na Região, ainda não existe um espaço adequado, diz o maestro Rui Massena é o director artístico e maestro titular da Orquestra Clássica da Madeira desde 2001. Natural de Vila Nova de Gaia, formou-se em piano e licenciou-se em Direcção de Orquestra, na classe de Jean Marc-Burfin. Depois seguiu-se o aperfeiçoamento musical, feito em França e Itália. Além do cargo que o ocupa a tempo inteiro na OCM, tem regularmente dirigido outras formações, em Portugal, Bélgica, Espanha e Itália.

DIÁRIO – Como caracteriza a última temporada da OCM?
Rui Massena – Este ano foi dedicado sobretudo a um repertório do período clássico em contraste com o que temos feito nas últimas temporadas. Em termos estritamente técnicos, Mozart e Haydn obrigam-nos a uma transparência sonora e a uma clareza técnica, muito úteis para a nossa manutenção e crescimento interpretativo.

DN – E como é que o público respondeu?
RM – Quero pensar que sob o ponto de vista do público, tem sido importante que a OCM em cinco anos tenha repetido muito poucas obras, e continue a ter a coragem de se aventurar em repertório difícil e sempre novo.

DN – Têm tentado dar também algo diferente, com as novas apostas, por exemplo, na combinação da Orquestra Clássica com outros estilos de música, como a de Carlos do Carmo e Rui Veloso...
RM – Sem dúvida. Somos a primeira Orquestra Portuguesa a instalar uma Temporada Popular, mais vocacionada para a junção de sonoridades diferentes ao universo da Orquestra.

DN – Estão a tentar captar novos públicos, cativar outras pessoas?

RM – É, tem sido uma das nossas apostas. Nesse aspecto tivemos concertos importantes.

DN – Correram bem?
RM – Correram muito bem. Tanto a Orquestra, que toca para muitas mais pessoas do que habitualmente e sente-se compensada de uma forma muito maior pelo seu trabalho; como, julgo, para o público, que percebe que afinal tem aqui um mundo novo para poder descobrir. Com eles acredito que damos passos importantes para que novos ouvintes se interessem pela música orquestral. Gostaria ainda de lhe dizer que a captação de novos públicos passa ainda pela vertente das animações escolares que temos feito semanalmente, onde os professores da OCM vão às escolas e tocam para as crianças no sentido da sensibilização para a música, para os instrumentos. Este ano continuamos a política de descentralização, com concertos fora do Funchal.

DN – E as pessoas têm aderido?
RM – Existem situações contrastantes. Há alturas em que as câmaras se envolvem e de facto temos casa cheias e temos outras em que as câmaras, as organizações não se empenham tanto e que há mais dificuldade, passa mais despercebido o concerto. Mas temos insistido e continuamos a insistir nesta ideia de descentralização. É fundamental. Faz parte da política da OCM.

DN – Os Da Weasel são um desafio ainda maior...
RM – A ligação aos Da Weasel será outro grande desafio em termos orquestrais porque a música é realmente diferente daquilo que estamos habituados a fazer.

DN – Será mais chegado à vossa música ou à deles?
RM – É uma mistura dos dois, mas sendo que a Orquestra terá um papel completamente diferente do que teve até aqui, mas isso também nos enriquece.

DN – Há mais alguém com quem gostassem de tocar?
RM – Claro que há muito mais gente com quem gostaríamos de trocar experiências, e a ideia é no próximo ano continuar este caminho.

DN – Podemos avançar mais algum nome?
RM – No seu tempo... até porque isto são projectos que têm de ser amadurecidos. A escolha tem de ser bem feita, para que as coisas resultem.

DN – E o projecto de gravação?
RM – São seis discos. Uma pequena colecção dedicada a Mozart e à comemoração dos 250 anos do seu nascimento no próximo ano.

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DN – Comparando com outras orquestras, ainda há muito a fazer?
RM – Existem no mundo orquestras melhores, e nesse sentido percebo qual é o caminho que temos de percorrer aqui, mas também há muitas outras bem inferiores e com nome e projecção. A questão acústica com que trabalhamos é um ponto fundamental para o crescimento da Orquestra. A Orquestra precisa de ter um enquadramento acústico durante os seus dias de ensaio e concerto ainda mais colado àquilo que as organizações sonoras do compositor pedem.

DN – E nós temos boas salas?
RM – Não, ainda não há boas salas nesse sentido. Julgo que isso é uma necessidade para a música na Madeira. Encontrar de facto salas com características, com acústica própria para a música, para que o receptor e o emissor tenham o conforto total, para que seja aquilo que o músico quer passar e para que o ouvinte se sinta envolvido. A música erudita vive da organização sonora, vive de instrumentos só acústicos, depende inteiramente da sala.

DN – A orquestra já está formada ou há lugar para novos valores?
RM – Estou sempre atento a novos músicos. Algumas semanas por ano, sempre que a OCM precisa de se reforçar para um concerto, três ou quatro jovens músicos madeirenses de grande talento são os primeiros a ser chamados. Vivem fora da ilha mas vêm para tocar. É um exemplo, entre outros. Temporada da OCM em números A Orquestra Clássica da Madeira realizou ao longo da última temporada, período compreendido entre Setembro de 2004 e Julho de 2005, 150 concertos. No total, cerca de 30 mil pessoas ouviram a formação regional ao vivo, nestes espectáculos. Com o projecto de animações escolares, em que os professores da OCM vão às escolas e tocam para as crianças, numa acção de sensibilização para a música e para os instrumentos, chegaram a 12 mil alunos do universo escolar. Ao todo, a Orquestra Clássica da Madeira é composta por 52 músicos de várias áreas. Dentro da OCM existem ainda sete grupos que contribuem para a divulgação da música erudita. Em Novembro, a Orquestra vai gravar seis CDs para assinalar os 250 anos do nascimento de Mozart.

publicado por Correcaminhos às 12:56
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