Fonte: Diário
Paco Bandeira esteve na Madeira no dia 3 de Agosto para um concerto. O espectáculo realizou-se em Santana, na comemoração da Festa do Santíssimo Sacramento, mais conhecida como Festa do Senhor.
Francisco Veredas Bandeiras, de baptismo, é alentejano. Nasceu na década de 40 em Elvas, a cidade que canta e que ficou na memória de muitos portugueses com o tema 'A Minha Cidade'. Tornou-se Paco pela ascendência espanhola da família e pela sua actividade inicial em Espanha.
Cedo se apegou à música, mais propriamente à guitarra que o acompanhou num percurso com várias décadas. Aprendeu a tocar com um tio e aos 14 anos torna-se guitarrista e vocalista do grupo Cuban Boys. Foi a banda que o levou na primeira digressão em Portugal e à vizinha Espanha. Fez rádio e cumpriu o serviço militar.
Em 1972, em Lisboa, começa a cantar em Português. Vieram então os grandes sucessos. Primeiro a 'Minha Cidade'. Depois outros tantos que o levaram a cantar também para as comunidades espalhadas pelo mundo. 'É Por Isso Que Eu Vivo', 'Chula da Livração', 'A Ternura dos 40', 'O Sol do Mendigo', 'Minha Quinta Sinfonia' 'De Amar Nunca me Deixes'e 'Ceifeira Bonita' são alguns dos que transporta na mala e nos discos, mais de duas dezenas gravados. As suas músicas não escondem a origem e as marcas da época e deve-se a isso também o sucesso que teve em décadas passadas.
Passou pela Madeira em 2005 e em 2007, na primeira data em Santana, a segunda em Machico. Volta agora para um novo espectáculo aberto à população, promovido pela autarquia.
De entre os mais de 25 discos editados, destaque para o lançado em 2006 'Paco Bandeira: Uma vida de canções', onde reúne alguns dos maiores sucessos da carreira artística. Mais recentemente, no ano passado, editou 'Canto do Espelho', que disse ser o seu último disco da carreira. Deverá ser este que vai interpretar, juntamente com os muitos outros sucessos de carreira, a convite da comissão de festas da Paróquia, este ano liderada por um grupo de senhoras.
O centro de Santana acolheu para além do concerto, tudo o mais que caracteriza um típico arraial madeirense.